segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Centro de Saúde de Achada Grande Trás é inaugurado


O Centro de Saúde do bairro de Achada Grande Trás, na Cidade da Praia, foi inaugurado neste sábado, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro José Maria Neves.
A infra-estrutura, à semelhança das outras já inauguradas, vai se dedicar, sobretudo, à medicina preventiva e familiar (cuidados às grávidas, serviços de pré e pós-natal), bem como consultas médicas de especialidade em vários ramos.
Desde Dezembro de 2008, já foram inaugurados quatro centros de saúde, nomeadamente nas zonas de Achada Santo António, Ponta D'Água, Achadinha e Tirá Chapéu.
O Centro de Saúde de Achada Grande Trás, que completa o projecto “Praia Urbana” de infra-estruturas de cuidados primários de saúde, através da construção, reabilitação e equipamentos de Centros de Saúde, insere-se numa parceria entre o Governo e a União Europeia.

Desemprego em Achada Grande -Trás

A população sobrevive de biscate de biscate no armazém de Adega
Todos os dias de manhã, em Achada Grande – Trás, centenas de pessoas desempregadas, encontram-se em frente do armazém da Adega à espera da chegada dos contentores.
Para os homens, há mais de oito anos que ganham vida, desta maneira. As mulheres só começaram há um mês; foram fazer esse pedido porque não têm outra ocupação, e são chefes de famílias numerosas.
Todos os dias, esperam ansiosamente, pela chegada dos contentores. Cerca de quatrocentas pessoas, fazem grupos de 10, e em cada contentor ganham quinhentos escudos. No entanto, nem sempre os mesmos grupos conseguem fazer biscates, já que, muitas vezes, a empresa dá oportunidades a outros grupos.
Maria Augusta Fernandes, 37 anos, disse nunca ter tido um emprego fixo na vida. Maria conta que criou os seus 8 filhos lavando roupas. Com biscate que faz na Adega está satisfeita, já que, pelo menos, ganha quinhentos escudos em cada contentor. Muitas vezes, descarrega quatro contentores. Um trabalho que diz ser cansativo, mas que lhe tem dado dois mil escudos num dia. Ou seja o seu único rendimento.
“ Porque vivemos desempregados, sabemos que, de vez em quando, há contentores por descarregar aqui no armazém da Adega. Estamos aqui desde ás 7 horas de manhã.
Maria nunca teve um emprego, já tentou mas nunca conseguiu. “Ás vezes lavo roupas das pessoas, para poder sustentar a casa. Tenho 8 filhos e não tenho ajudas do pai. Cinco já são adultos e tem a sua família mas também são desempregados e tenho três menores que sofrem muito por causa de necessidade.
A nossa vida aqui em Achada Grande Trás é difícil. Deviam, pelo menos, em cada casa, dar emprego a um membro de família para melhorar a nossa situação.

“ Jovens que deixamram a escola para trabalhar”
Edmilsom Fernandes deixou de estudar no ano passado, disse por falta de meios e por causa de influências. Quer um emprego com as habilitações que tem, mas, sabe que não o consegue, tendo em conta, que no seu bairro, há jovens que terminaram 12º ano e ainda, não conseguiram um emprego. “Sobrevivemos deste biscate. Nos dias de semana, a nossa vida é vir cá e descarregar contentores. Caso vier, porque, às vezes passam alguns dias sem chegar. Quando isso acontece lamentamos muito e solução é ficar parado.

Adega é o nosso Governo. Eles sim, nos tem dado trabalho aqui nas obras, O senhor João é que nos ajuda e vê por nós aqui: homens, mulheres e crianças.
Temos é que agradecer o senhor Carlos, que há muitos anos, nos dá trabalho. Somos mais de quinze dentro de uma casa todos sem trabalho.
Carlita Leal, 20 anos, mãe de uma criança, este ano, por causa da idade, não conseguiu estudar. Carlita, sem papas na língua, criticou o governo de PAICV. “ Com a lei que esse governo criou, este ano, não consegui estudar. Passei para 11º ano, com boas notas mas não me aceitaram. O que mais me deixa triste é que aceitaram muitos alunos, colegas meus com possibilidades. Eu que sou pobre, filho de pobre não me aceitaram. Neste momento, eu poderia estar na sala de aula e, não à espera de contentor para conseguir quinhentos escudos, para poder dar algo ao meu filho.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A G T já tem o seu centro de saúde

Um dos próximos centros de saúde a ser inaugurado será o centro de Achada Grande Trás.
O centro será devidamente equipado para descongestionar o hospital agostinho neto.
Irá beneficiar a nível da assistência médica para a localidade, de modo que a população não tenha necessidade de se deslocar para o hospital central.
O centro Foi construído no âmbito do projecto “saúde urbana da praia” projecto da união europeia e do governo.
A criação de condições para a contínua melhoria da prestação dos cuidados de saúde à população tem sido a preocupação principal do Ministério da Saúde.
Para a materialização de tal desejo, o governo vem fazendo um esforço assinalável através da construção e reabilitação de estruturas, aquisição de equipamentos, formação e recrutamento de técnicos,para melhorias na organização dos serviços”.

sábado, 3 de janeiro de 2009

incendio destroi fábrica de colchões

O incendio devorou a fabrica de colchoes da ECPI, situada em achada trás,por volta das 3 da madrugada.
A existência no local de produtos altamente inflamáveis, como colas e espumas, alimentaram o incêndio, que causou avultados prejuízos.
Durante quatro horas, o fogo fez das suas esta madrugada em Achada Grande Trás. As chamas devoraram parte de uma fábrica de colchões (a ECPI), apesar dos esforços dos bombeiro - ajudados pela Protecção Civil, pela ASA e por populares para conter o avanço do fogo.
As chamas só foram estinguidas por completo por volta das 10 da manha. Desconhece-se ainda a origem do incêndio. o incendio também deixará cerca de 50 funcionarios da fabrica desempregados.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Falta de Àgua atormenta populaçao de achada grande trás


Há mais de cinco meses que a população de achada grande trás vem convivendo com a falta de agua.
No bairro do Marrocos existe apenas um chafariz, onde todas as pessoas compram água.
Mas cada família tem direito a duas bóias de água de 25l cada. E isso torna-se insuficiente para o nº de pessoas que existem em cada casa.
De acordo com Alice, a agua é utilizada para fazer a limpeza das casas, higiene pessoal e para cozer os alimentos,são muitos os afazeres para pouca quantidade de agua.
A única opção que resta aos moradores é de comprar água nos bombeiros que por ali passam.
E preciso comprar um barril por 350 escudos, e o fato é que nem todos têm esta quantia para comprar, na medida em é um bairro em que muitas pessoas passam por várias necessidades.
A maioria dos pais de família é pescador, e vivem daquilo que o mar os oferece, e é a partir disso que sustentam a casa.
Já foram varias as tentativas falhadas em frente da direcção da Electra, a deesculpa é sempre a mesma, que a zona fica muito longe e que a aguaa não consegue chegar até ali.

Campanha de limpeza em Achada grande trás

A comissão dos moradores em parceria com a ADEGA realizaram uma campanha de limpeza na zona de achada grande trás.

Todos os moradores colaboraram em prol desta iniciativa a fim de deixar a zona mais limpa para a passagem do ano novo.

De acordo com a Presidente da comissão dos moradores Evanilde Fernandes, resolveram fazer esta limpeza para dar um ar mais alegre e limpo ao bairro para que a virada do ano seja em grande em todos aspectos.

Os que deram o seu contributo acharam a iniciativa louvável. “Nos resolvemos participar deste acto porque queremos ver a nossa zona limpa durante esta época festiva, e demonstrar que não podemos esperar apenas pela câmara municipal da praia”afirma Luísa uma das participantes.

A ADEGA também deu o seu contributo na campanha, disponibilizando materiais de limpeza, e também um almoço para todos os que participaram nesta actividade.

A campanha teve a duração de dois dias, e é de notar que agora “tchada trás” tem outro aspecto, e que surtiu efeito.

Falta de autocarros preocupa moradores de Achada trás




Os moradores da zona de achada grande trás têm reclamado muito da falta de autocarros. Afirmam que quase não existe autocarros para transportar as pessoas, e que isso tem causado muitas dificuldades.

De acordo com os moradores, existem dois autocarros para transportar todas as pessoas que ali residem. E nos finais de semana apenas 1 autocarro, o que não é suficiente. “Ficamos na paragem mais de uma hora a espera de um carro, e quando chega vem muito cheio sem espaço para todos, e o pior acontece nos fins-de-semana, pois existe apenas 1 autocarro” (António Almeida, um dos moradores da zona)

O que mais indigna a população da achada trás é o facto de que todos os autocarros que fazem esse trajecto são sempre os mais velhos e avariados.

Eu sinto medo de andar neles, param todo o caminho, e principalmente na rampa do porto da praia que é um lugar muito perigoso, sinto bastante insegura. Deviam ter mais respeito por nós, porque a empresa tem condições de disponibilizar veículos que estão em melhores condições “ (Margarida Lopes).




Os hiaces surgem como soluçao


Os moradores afirmam que se não fosse os hiaces que fazem frete na região, nunca conseguiriam chegar a tempo ao trabalho e escolas. Segundo as declarações de Lucília Alves uma das moradoras da zona, “a nossa salvação são os iaces que passam por aqui, se não fosse eles estaríamos tramados”.

Mas é de realçar que estes veículos não estão autorizados para fazer este trajecto, somente com uma licença, caso contrario são interpelados pelos polícias.

Mas para facilitar a vida dos moradores os condutores fazem um esforço. “Nos estamos dispostos a trabalhar para melhorar a situação dos moradores que estão sempre a deslocar-se, na medida em que não podem fazer isso de outra forma, e também tornar as suas vidas mais fácil” afirma Bino, condutor de hiace

A esperança dos moradores é que durante esta época festiva as coisas melhorem. Porque é uma época de muita movimentação e as pessoas deslocam-se com frequência, e à que haver meios para isso, porque nem todos têm transporte próprio.